
Por Marcelo Lopes
A primeira vez que vi alguma coisa de Jan Saudek foi num cartão postal. Entre intrigado e fascinado, fiquei horas cercando a banca olhando uma por uma as fotos daquele universo onírico que misturava pintura, sexo, desenho, humor, luxo e degradação, cotidiano, fantasia e muita criatividade. Comecei a colecionar no meu computador dezenas, centenas de imagens daquele fotógrafo checo, enquanto descobria suas influências no cineasta Georges Méliès. Saudek partia de seu mundo próprio, fotografando conhecidos e familiares em situações fantásticas, para ganhar notoriedade internacional com suas obras em mais de 400 exposições individuais mundo afora. O aspecto marcante em sua obra se deve não apenas à criatividade, mas visualmente ao tingimento manual das fotos em preto e branco.
Sobre o acentuado teor sensual do seu trabalho, o artista assinala: “Para mim, a diferença entre Arte e Pornografia é simples. Você pode olhar a Arte por uma eternidade, enquanto a Pornografia você olha rapidamente e coloca de lado, porque tudo é explícito; não há mistério, a fantasia não tem espaço ali”.
Se apenas palavras mal dão conta deste seu universo, o melhor mesmo é conferir.
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